Jeremia tinha um coração misericordioso e sensível a situação alheia.
O seu ministério começa no reinado de Josias, época em que reencontraram um dos livros da Lei e o rei ordena que seja lido perante todo o povo.
A sua mensagem constitui-se da "Destruição" de Jerusalém pelos Caldeus, da chamada ao Arrependimento e da sua Restauração.
Os judeus com um fortíssimo senso nacionalista, como "Nação Eleita por Deus" acreditavam que nunca seriam destruídos.
Embora por várias gerações adotassem junto ao culto do "Único Deus", vários outros deuses dos povos vizinhos (Camós-Amonitas, Moloque-Moabitas, Baal e Astarote-Fenícios, Bezerros-Relembrando Àpis-Egípcio, etc) inclusive com sacrifícios humanos em honra a esses deuses, infringindo todos os mandamentos a começar do Primeiro.
Assim, crendo ser a nação "Santa" que gozava da proteção do Deus que abriu o Mar Vermelho, que fez o sol parar, enfim que proveu livramentos com vitórias miraculosas a Israel, desacreditaram na mensagem enviada através de Jeremias e até alegaram que durante o cerco de Jerusalém o profeta estava a favor dos Caldeus.
É interessante notar que mesmo diante do cumprimento das profecias, como no caso da rendição dos israelitas (sob Jeoiaquim) a Nabucodonosor, o povo recusava-se ao arrependimento.
Mesmo o remanescente, depois do ocorrido não creu e continuou fazendo conforme o "que parecia bem aos seus olhos", pois depois de consultar o profeta que respondeu ser da Vontade de Deus que ficassem em Israel, o remanescente foi para o Egito.
Neste contexto vemos um profeta falando a um povo cego, que caminhavam rumo a um abismo, sendo alertados insistentemente e desesperadamente: vão cair, vão cair... e os mesmos sentindo-se importunados com tais gritos, não querendo ouvir o que bradava o profeta.
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