sábado, 7 de janeiro de 2012

No corredor da morte por ser cristã

Asia Bibi condenada a morte por blasfêmia contra Maomé

Uma mulher cristã que está no corredor da morte de uma prisão do Paquistão após ser condenada por blasfêmia contou como ela precisa cozinhar sua própria comida, por medo de ser envenenada.
Em sua primeira entrevista desde que foi condenada à forca, Asia Bibi, de 46 anos, descreveu as condições miseráveis em ​​que ela sobrevive enquanto espera por uma oportunidade de fazer um recurso jurídico.
Desde sua detenção em 2009, a Sra. Bibi, que é mãe de cinco filhos, foi aprisionada na prisão de alta segurança Jail Seikhupura, que fica a 22 milhas no noroeste de Lahore.
“Eles me autorizam a pegar sol apenas por 30 minutos a cada dia e posso ver minha família apenas por uma hora a cada terça-feira”, ela disse à ONG Cristã de Direitos Humanos Life for All (Vida para Todos), durante uma entrevista acompanhada pelo Daily Telegraph.
“A prisão me fornece os alimentos crus para que eu possa cozinha-los, pois o diretor teme que eu possa ser envenenada como outros cristãos acusados de blasfêmia estão sendo envenenados e mortos na prisão.”
A hostilidade contra os cristãos no Paquistão é extremamente abundante. A Sra. Bibi contou na mesma entrevista sobre um de seus carcereiros que acabou suspenso depois de tentar estrangulá-la.
A Sra. Bibi, que é uma trabalhadora rural da zona de Punjab, foi detida em 2009. Ela é acusada de profanar o nome do profeta Maomé durante uma discussão com colegas de trabalho muçulmanos – os mesmos que fizeram a acusação contra ela e as únicas pessoas presentes no momento da discussão.
Ela nega a acusação, mas foi condenado à morte depois que o caso foi julgado. Ela agora está à espera de seu apelo para ser ouvido na Alta Corte de Lahore.

Salman Taseer - morto a tiros por seu guarda-costas
Duas pessoas que tentavam ajudar a Sra. Bibi foram assassinadas este ano, incluindo Salman Taseer, o governador de Punjab, que foi morto a tiros por um de seus próprios guarda-costas.
A Sra. Bibi disse que continua orando por sua liberdade, por poder ver sua família novamente e acrescenta: “Eu agradeço a Deus por poder estar cozinhando minha comida, esta bênção tem feito com que eles não consigam me envenenar, como outros cristãos acusados ​​de blasfêmia já foram envenenados ou mortos na prisão.”

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